Paulo Diácono
Historiador Lombardo (720-799)Paulo Diácono foi um monge cristão, historiador e poeta lombardo. Sua principal obra é a Historia Gentis Langobardorum (História dos Lombardos). O texto aborda a história dos lombardos desde 568 até a morte do rei Liuprando, em 744, e contém muitas informações a respeito do Império Bizantino, dos francos, e de outros povos do período. A história é narrada do ponto de vista de um lombardo, e tem um valor especial por suas informações acerca das relações entre os francos e os lombardos.
Nascido em torno de 720 em Cividale del Friuli, em uma família nobre lombarda, Paulo recebeu sua educação provavelmente na corte do rei lombardo Raquis, em Pávia, onde foi instruído, por um professor chamado Flaviano, nos rudimentos do grego. É provável que tenha sido secretário do rei Desidério, sucessor de Raquis; sabe-se com certeza que a filha do rei, Adelperga, foi sua pupila. Depois do casamento de Adelperga com Ariquis II, duque de Benevento, Paulo escreveu, a pedido dela, a continuação da obra de Eutrópio.
Sabe-se que, além de ter vivido na corte lombarda em Benevento, a partir de 758, refugiou-se lá quando Pavia foi tomada por Carlos Magno, em 774. Pouco tempo depois entrou para o mosteiro beneditino de Montecassino. Passou um tempo na corte de Carlos Magno, provavelmente entre 782 e 786, e tornou-se um fator importante no renascimento carolíngio. Em 787 retornou à Itália e a Montecassino, onde morreu em 799.
A principal obra de Paulo é a sua História dos Lombardos. Esta história incompleta, em seis livros, foi escrita depois de 787, e até no máximo 796, provavelmente em Montecassino. Entre os documentos usados por Paulo como fontes estão o Origo Gentis Langobardorum (Origem dos Povos Lombardos), o Liber Pontificalis (Livro Pontifício), a história perdida de Segundo Concílio de Trento, e os anais perdidos de Benevento; também utilizou com liberalidade as obras de Bede, Gregório de Tours e Isidoro de Sevilha.
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