Clássicos Literários Lista completa dos clássicos da literatura publicados em português.

Alcuíno

Poeta Inglês (735-804)

Alcuíno de Iorque foi um monge, poeta, matemático e professor inglês. Nascido em Iorque, Nortúmbria, atual Grã-Bretanha, em uma família nobre, foi levado por seus pais, ainda criança, para estudar na Catedral de Iorque, onde o arcebispo era Egberto. Lecionou posteriormente nessa mesma instituição durante quinze anos, e ali criou uma das melhores bibliotecas da Europa, tendo transformado a Escola em um dos maiores centros do saber. A convite de Carlos Magno, ele se tornou um importante estudioso e professor na corte carolíngia. É considerado um dos mais importantes arquitetos intelectuais do Renascimento Carolíngio.

A escola de Iorque era conhecida como um centro de aprendizagem nas artes liberais, literatura e ciências, bem como em assuntos religiosos. A partir dali, Alcuíno inspirou-se na escola que ele lideraria na corte franca. Ele reviveu a escola com as disciplinas trivium e quadrivium, escrevendo um códice no trivium, enquanto seu aluno, Hraban, escreveu um no quadrivium.

A curiosidade intelectual de Alcuíno permitiu-lhe ser persuadido, com relutância, a ingressar na corte de Carlos Magno. Ele se juntou a um grupo ilustre de estudiosos que Carlos Magno reuniu ao seu redor, as molas mestras da Renascença Carolíngia: Pedro de Pisa, Paulino de Aquiléia, Rado e o abade Fulrado. Alcuíno escreveria mais tarde, "o Senhor estava me chamando para servir ao rei Carlos".

Na função de conselheiro, ele questionou a política do imperador de forçar os pagãos a serem batizados sob pena de morte, argumentando: "A fé é um ato livre da vontade, não um ato forçado. Devemos apelar à consciência, não obrigar pela violência. Você pode forçar as pessoas a serem batizadas, mas não pode forçá-las a acreditar". Seus argumentos parecem ter prevalecido, Carlos Magno aboliu a pena de morte para o paganismo em 797.

Ele escreveu muitas cartas aos seus amigos ingleses. Essas cartas (das quais 311 ainda existem) constituem uma importante fonte de informação quanto às condições literárias e sociais da época, e são a autoridade mais confiável para a história do humanismo durante a era carolíngia. Alcuíno também desenvolveu manuais usados em seu trabalho educacional, sobre gramática, retórica e dialética. São escritos em forma de diálogo. Também escreveu vários tratados teológicos e comentários sobre a Bíblia.

Alcuíno transmitiu aos francos o conhecimento da cultura latina que existia na Inglaterra anglo-saxã. Várias de suas obras ainda existem, além de algumas epístolas graciosas no estilo de Venantius Fortunatus. Ele escreveu alguns poemas longos, e notavelmente ele é o autor de uma história (em verso) da Igreja de Iorque, Versus de Patribus, Regibus et Sanctis Eboracensis Ecclesiae.

Em 796, Alcuíno estava na casa dos 60 anos. Ele esperava ficar livre dos deveres da corte e, após a morte do abade Itherius de Saint Martin, Carlos Magno colocou a abadia de Marmoutier aos cuidados de Alcuíno, com o entendimento de que ele estaria disponível se o rei precisasse de seu conselho. Lá, ele incentivou o trabalho dos monges na bela caligrafia minúscula carolíngia, ancestral das fontes romanas modernas. Alcuíno morreu em maio de 804, cerca de 10 anos antes do imperador, e foi sepultado na Igreja de São Martinho.

Mais Informações: Wikipédia Inglesa

Obras de Alcuíno

Edições em Português Sem obras traduzidas.